quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Silêncio



Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada, 
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora, 
quando azuis irrompem
os teus olhos 
e procuram
nos meus navegação segura, 
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas, 
pelo silêncio fascinadas.  

Eugénio de Andrade

Nenhum comentário: