Quando
formos os dois já bem velhinhos,
já
bem cansados, trôpegos, vencidos,
um
ao outro apoiados, nos caminhos,
depois
de tantos sonhos percorridos...
Quando
formos os dois já bem velhinhos
a
lembrar tempos idos e vividos,
sem
mais nada colher, nem mesmo espinhos
nos
gestos desfolhados e pendidos...
Quando
formos só os dois, já bem velhinhos,
lá
onde findam todos os caminhos
e
onde a saudade, o chão, de folhas junca...
Olha
amor, os meus olhos, bem no fundo,
e
hás de ver que este amor em que me inundo
é
uma alvorada que não morre nunca!
(
Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro
"Os
Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"
Vol.
IV - 1a edição 1965 )
Fonte: jgaraujo
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