Há
tanta vida neste belo jardim
Nas
borboletas, na flor que se abre
No
canto da ave, no verde sem fim
Transborda
a vida, no peito não cabe
Eu
quero a natureza dentro de mim
Mesmo
que o mundo todo desabe
Não
sou escrava do dinheiro, enfim
Há
coisas de graça, são poucos que sabem
Contrária
à vida que sinto no vento
No
som da cidade eu sinto a morte
Há
tantas risadas em tom de lamento,
Corpos
andando vazios, sem vida
Buscam
dinheiro, contam com a sorte
Mas
nada levam ao findar desta lida.
Verônica
Miyake
Fonte: sitedepoesias
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