Ante o
deslumbramento do teu vulto
sou
ferido de atônita surpresa
e vejo
que uma auréola de beleza
dissolve
em lua a treva em que me oculto.
Estás em
cada reza do meu culto,
sonhas
na minha lânguida tristeza,
e,
disperso por toda a natureza,
paira o
deslumbramento do teu vulto.
É tua
vida a minha própria vida,
e trago
em mim tua alma adormecida...
Mas, num
mistério surdo que me assombra,
Tu és,
às minhas mãos, fluida, fugace,
como um
sonho que nunca se sonhasse
ou como
a sombra vã de uma outra sombra...
Abgar
Renault
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