Não
ouvirás nem luz, nem sombra inquieta
das
sílabas que beijam tuas asas,
nem a
curva em que morre a ardente seta,
nem
tanta eternidade em horas rasas.
Não
medirás a bêbeda corola
que
abriste no final do meu sorriso,
nem
tocarás o mel que canta e rola
na
insônia sem estradas onde piso.
Não
saberás o céu construído a fogo,
que tua
jovem chave cerra e empana,
nem os
braços de espuma em que me afogo.
Não
verão os teu olhos quotidiana
a minha
morte de homem embebida
no
flanco de ouro e luar da tua vida.
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