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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dói Saudade



Prospera em mim a saudade
Dor que rumina no estreito
Aguça minhas verdades
Chegou, ficou, não tem jeito
Coração sofre calado
Batendo descompassado
Torturado por despeito

No peito mora a tristura
De um laço que foi desfeito
De um elo que foi quebrado
Por um amor que foi eleito
Que partiu e deixou saudade
Sofreguidão e frialdade
E um coração insatisfeito

Surdo que bate no peito
Regendo triste melodia
Acordes sempre imperfeitos
Ausentes de maestria
Só o amargor da saudade
Resistindo sem vontade
Os ossos da nostalgia

Monotonia e aspereza
Dias de total desânimo
Agonia em profundeza
Melancolia, dor e pranto
Solidão vem como efeito
Esmolo qualquer direito
Para que eu não pene tanto

Beto Acioli

Ímã


O fulgor dos teus olhos negros me fascina
Que num olhar lascivo dispara em fagulhas
Um tiro certeiro que nos meus mergulha
Respondendo fogo minha mente maquina

Em teu íntimo leio que me desembrulha
E em teus olhos vejo que tu me pagina
Os meus pensamentos sei que imaginas
Enquanto meu ávido olhar te patrulha

E nessa dual troca os sonhos se fundem
As mentes fecundas tornam-se oficinas
Vivificam as almas ao tempo que as nutrem
Tramas que se enredam por sob uma cortina
Promessas que olhares por tempo perdurem
Revela-se uma chama em consumada sina.

Beto Acioli

Primavera



Nas manhãs repletas de luzes e de cores
Sorriem as rosas, orquidéas e camélias
Ipês, flamboyants, jasmins e azaléias

Compõem aquarelas em paisagens de flores
Setembro que chega e traz a primavera
Natureza em festa florescendo amores

Perfume que exala em toda a  atmosfera

Traduzindo à vida seus nobres valores

Beto Acioli