O
melhor cuidado com o amor
é
deixar que floresça,
pois
amor não se cultiva: é flor
selvagem,
bela por ser livre.
Como
as estações do ano, ele se abre,
dorme,
e volta a perfumar a vida.
Amor
é dom que se recebe
com
ternura, para que não pereça
sua
delicadeza em nossa angústia.
O
amor não deve encerrar a coisa possuída,
mas
ser parapeito de janela, ou cais
de
onde se desprendam os revôos
e
partam os navios da beleza
para
voltar ou não, conforme amarmos:
nem
de menos
nem
demais.
Lya
Luft
In
Secreta Mirada, 1997
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